Mercado de serviços de B.I. deve dobrar até 2016
Em 2013, deveremos assistir a um crescimento na terceirização dos serviços de análise de dados
uma vez que os CIOs precisam de ajuda para entregar rapidamente esse tipo de informação
para suportar a tomada de decisão. Essa conclusão é parte de um amplo estudo feito pela
consultoria Pringle & Company, sediada no Reino Unido, chamado de “Business Intelligence
Software & Services Market, 2012-2016”.
A pesquisa, conduzida no quarto trimestre de 2012, sugere que o mercado para serviços
prestados por consultorias para desenvolver e implantar sistemas de análise de dados
está crescendo a uma taxa anual superior a 15%. O mercado global para esses serviços
deve dobrar nos próximos quatro anos, saindo de US$ 54,5 bilhões, em 2012, para US$ 96,9
bilhões, em 2016, calcula a Pringle & Company.
De forma geral, o mercado de business intelligence e analytics, entre softwares e serviços
movimentou US$ 79 bilhões em 2012 e deverá saltar para US$ 143,3 bilhões, em 2016
cravando uma taxa de crescimento anual aproximada de 16%.
Embora as corporações tenham tido dores de cabeça com Big Data há anos, o reconhecimento de que os CIOs necessitam de ajuda externa para enfrentar esse desafio e entregar resultados rapidamente para os usuários é novo. “Dentro da área de inteligência de negócio, analytics é o ponto de maior interesse no momento”, pontua Tom Pringle, autor do relatório. “Embora as organizações sempre tiveram interesse em entender o desempenho operacional, os CIOs veem, neste momento, uma demanda maior por esse tipo de entendimento por parte dos líderes de negócio – isso desde o board até o líderes e áreas específicas. Eles querem extrair novas ideias dos dados, de forma a competir com mais eficiência no futuro.”
A maioria dos CIOs que costuma entregar relatórios com indicadores de desempenho padrão não está preparada para entregar esse nível de informação mais dinâmica e, por isso, enfrenta, agora, uma série de desafios por isso. Entre os problemas está a oferta de acesso móvel e mais flexível para um crescente número de dispositivos; compensação pela falta de experiência na manipulação de dados por parte dos usuários; atingir a velocidade necessária para entrega de informações; e assegurar a qualidade e integridade das fontes de dados, elencou Pringle.
Como precisam satisfazer a demanda crescente por informações específicas, os CIOs devem contar com uma gama de serviços. Isso vai desde a melhoria da qualidade das fontes de dados a produzir resultados com análises que sejam compreensíveis aos usuários, determinar as necessidades exatas dos usuários e certificar de que uma informação solicitada seja entregue no ponto necessário.
O relatório da Pringle reforça o papel indispensável dos serviços externos para o desenvolvimento das capacidades da organização em extrair o máximo de valor dos dados. E a conclusão suporta a regra geral de que para cada dólar gasto com softwares de BI, mais dois são gastos com provedores de serviços, pelos problemas que as empresas possuem em relação à capacidade de análise de dados.
Os setores de telecom e finanças há muito tempo exibem sua demanda por serviços externos, mas o interesse agora está aumentando em outros segmentos, incluindo saúde, uma vez que os provedores precisam melhorar o cuidado com paciente estabelecendo uma visão mais holística do paciente.
Reconhecendo as oportunidades, os provedores de serviços de terceirização trabalham para melhorar os serviços e novos players começam a surgir no mercado, avalia Pringle. “BI e, especificamente, analytics, são área de forte crescimento em TI. O mais interessante de se observar na movimentação dos provedores é a chegada de players sem tradição na área. Entre eles estão profissionais da indústria com grande experiência profissional. Eles são capazes de complementar a experiência em dados e tecnologia com um grande conhecimento em como algumas organizações tem necessidades específicas no uso de dados para vantagem estratégica e competitiva. Esse envolvimento ajuda a entregar resultados com mais velocidades. Mesmo grandes empresas não têm as habilidades necessárias dentro de casa, assim, faz sentido uma aliança com um parceiro relevante.”